Party. Sleep. Repeat. ‘23 | Memórias Com Problemas Técnicos
© Francisco Gomes
No dia 22 de Abril, São João da Madeira tornou a receber o festival de música Party. Sleep. Repeat., na Oliva Creative Factory. Após três anos de interregno, regressou com ainda mais motivos de festa: em 2023, assinalaram-se os 10 anos deste festival de cariz solidário. Alfredo Fernandes, que para além de redator é um visitante habitual do evento, narra-nos a sua experiência pela edição deste ano.
Tudo uma questão de horas
A tarde de sábado não seria particularmente agradável – o boletim meteorológico para isso apontava. O sol escondia-se por entre as nuvens e um vento frio. “Que desagradável”, entreouvi pelos festivaleiros que se aproximavam receosamente do Palco Terraço. A um lado oposto ao que adotei com naturalidade, os três elementos dos MAQUINA. relaxavam sorridentes. Toda a sua indumentária (e respetivo semblante) parecia augurar decibéis dos bons. A indumentária do público, por sua vez, indicava outro detalhe: uma legião de fãs, que a pouco e pouco crescia, aguardava pacientemente pelo grande concerto da noite. Linda Martini regressavam novamente a S. João da Madeira, depois de passagem em 2015. Voltando aos MAQUINA., o concerto tinha previsão para as cinco da tarde. Mas um ligeiro atraso e filas intermináveis por todos os cantos levavam-me a pensar, “Isto vai correr mal”.
De costas para o público, Tomás Brito (baixista) e João (guitarrista) prontificaram-se a “afinar” os instrumentos na maquinaria que os acompanha. Tudo a postos, seguiu-se uma hora com doses equilibradas de tumulto sonoro em distorção e de ambiente peculiarmente festivo. Os MAQUINA. traziam consigo “Dirty Tracks For Clubbing” (2023), cujo título é autoexplicativo. A sonoridade é suja, maquinizada. O macacão azul de Tomás remete-nos, até, para o estereótipo da classe operária. Lá atrás, Halison Peres (baterista) desprende-se em urros abafados e num ritmo incontornável, comandando as hordas distorcidas da guitarra de João (que se foi libertando numa coreografia carismática e mesmerizante). Muito embora, o público foi-se mantendo em lume brando. Uns quantos elementos lá alinharam no espírito hipnótico do projeto. Mas, por mais que o espaço apresente dimensões cénicas invejáveis, talvez este não fosse o local e hora apropriados para ver os lisboetas. Momentos mais oportunos surgirão...
© Emanuel Canoilas
Seis e meia da tarde. O atraso notava-se gradualmente. Com efeito, os Gala Drop atuaram cerca de meia hora depois do previsto, já o terraço da Oliva Creative Factory se compunha. Uma sensação de familiaridade notava-se nos rostos que chegavam e assentavam em pequenas conversas dispersas. Repentinamente, um mantra espacial irrompe pelo espaço. Uma entrada hipnótica e pouco expansiva, conferindo o seu “quê” de misterioso ao projeto que nos aparecia. Parecendo que não, Nelson Gomes (teclista/guitarrista) e companhia são já veteranos no panorama nacional. O que é notório pela sua postura serena e adulta em palco, e o sorriso no rosto de muitos festivaleiros não engana: requerem paciência. Lentamente, a guitarra (ocasionalmente baixo) de Rui Dâmaso confere nuances de psicadelismo ao instrumental eletrónico que Nelson procura projetar com tamanha tranquilidade. Aos dois elementos junta-se ainda Afonso Simões (baterista), ágil e gingão. Somos inebriados e emaranhados por este mantra psicadélico, não descurando uma instintiva e tímida coreografia. Recolhendo influências de diversos locais e épocas, o trio tem procurado adaptar-se constantemente ao momento atual. Isto, claro, sem esquecer as suas raízes musicais (com Nelson a brindar-nos com subtis referências ao reggae, de quando em quando). Admito, sem receios: para além de surpresa bem agradável, o cenário e horário terão sido mais favoráveis a este grupo já calejado...
Mas, eram já sete da tarde (suposta hora de início das atuações no Palco da Alameda) e o concerto no terraço ainda ia a meio...
© Francisco Gomes
Só mais uma…!
Terei perdido um promissor concerto dos galegos Kings Of The Beach. Por questões de logística, optei por fazer merecida pausa para jantar. A noite iria ser longa, e as filas continuavam excessivamente grandes. No entanto, era percetível o tumulto em frente ao Palco da Alameda, onde o punk rock de Samuel, Adrián e Yago desfilava com grande pompa. De longe, recordo-me de ouvir o frenesim entusiasmado de “Butterfly”, do último disco “WOAH!” (2022). As pessoas passavam por mim com vivacidade no final da atuação do trio. Porém, a minha curiosidade apontava a batuta na direção do concerto seguinte...
Reparei que vários pequenos grupos permaneciam diante do palco. Expectável seria gradual afastamento na hora crítica do jantar. Ainda assim, só conseguia pensar num pequeno detalhe: as horas passavam e o alinhamento atrasava-se cada vez mais. Os elementos do staff e músicos corriam em palco, a preparar o cenário o quanto antes. Eram oito e vinte da noite. Eis que, por entre holofotes azuis, os YAKUZA sobem ao palco, perante plateia bem recheada e ansiosa. Ovações escutam-se com fervor à medida que Afonso Serro (teclista) se apresenta com tremenda animação. Surge como figura verdadeiramente carismática: os óculos de sol em pleno lusco-fusco detalham com fulgor o sorriso de ponta a ponta e o à-vontade contagiante. “Vai começar, vai começar!”, descansa o teclista, pedindo seguidamente para alterar os holofotes para uma coloração vermelha. Daí em diante, terei assistido a uma surpresa sonora ímpar. Não só pela postura surpreendente e cativante do teclista, mas também pelo modo descontraído e sagaz como o grupo soube rearranjar as suas múltiplas influências. De um lado, o panorama jazz underground londrino. Por outro, a narrativa imaginária (e contagiante) por detrás dos YAKUZA.
Assistia-se por fim a um público mais recetivo ao apelo dos músicos. Os corpos balanceavam-se em coreografias únicas, que só os próprios reconhecerão. André Santos (baixista) desdobrava-se calmamente num ritmo seguro de si, meticulosamente organizando os demais instrumentos. Paralelamente, terei perdido vários minutos a observar a agilidade com que o baterista tornava a percussão em pretexto para a nossa coreografia. Através de temas como “AILERON PTII” ou “TUNING”, terão certamente conseguido recolher a melhor reação da plateia. Preparando para entregar o encerramento digno para um excelente concerto, os YAKUZA vêem-se como uma das vítimas da noite. Um a um, o quarteto abandona o palco, sendo-lhes negado o último tema (ainda pertencente ao alinhamento). O propósito seria tentar resgatar o tempo perdido no início da tarde. Mas a mágoa era percetível. André ainda permaneceu em palco, brevemente, dedilhando o baixo. Um par de olhos incrivelmente tristes ocupou o lugar de um rosto previamente sorridente. Entre prantos dos fãs (“Só mais uma!”, repetiam vezes sem conta), também ele saiu.
© Francisco Gomes
“O espetáculo deve continuar”. Nova ronda de preparações: seis anos depois, os Sunflowers regressavam ao festival. Mensagem bonita, para a celebração dos dez anos do evento. Curiosamente, era também um regresso para mim – o seu último concerto que assistira havia sido ali, naquela alameda! Carolina Brandão (baterista), Carlos Jesus (guitarrista) e Frederico Ferreira (baixista) apressam-se a montar o equipamento. Azáfama atrás de azáfama, atrasos seguidos de atrasos. Eram nove e meia da noite. Os holofotes baixam subitamente. A plateia – cuja energia se foi recarregando – é mergulhada numa autêntica névoa psicadélica. Em 2017, presentearam-nos com o nonsense dos seus dois primeiros álbuns, “The Intergalactic Guide To Find The Red Cowboy” (2016) e “Castle Spell” (2018). Na presente ocasião, apresentavam-nos o quarto, “A Strange Feeling Of Existential Angst” (2023). Acompanhando o seu percurso discográfico, percebe-se notória maturidade musical. Porém, e felizmente, continuam iguais a si próprios! Uma guitarra disparando em distorção e uma bateria efusiva invadem-nos a audição como furacão sensorial. Os elementos das fileiras da frente deixam-se levar pelo ambiente, libertando-se em saltos infinitos e êxtase total. O guitarrista torna a emoção recíproca, esboçando-nos um sorriso provocador. O trio sempre foi uma misteriosa pérola estimada pelos seus fãs. Já os novos ouvintes terão novo quebra-cabeças com que se entreter. A começar por temas como “Within A Bubble” e “The Strange Feeling Of Existential Angst”, ou um já antigo “Sleeping Sun”! O alinhamento revelou-se soberbo. Carolina e Carlos sabem como fazer uma excelente festa!
Muito embora, o badalar repetido vezes sem conta por Carolina Brandão fez-se acompanhar de um presságio ominoso. À semelhança de YAKUZA, anunciando o tema de encerramento do concerto, os Sunflowers surgem como outra vítima desta noite. O público fica atónito, perplexo. “Só mais uma...!”, tornam a gritar. Já era tarde. Carlos e Frederico arrumavam o equipamento. Carolina foi mais expressiva: o rosto brevemente irritado e o modo brusco como abandonou o palco não era algo que um fã deveria ver. Um regresso com potencial para boas memórias manchado por um problema técnico que se prolongava desde o início da tarde. Não foi, deveras, um final feliz...
© Emanuel Canoilas
A vida é um problema técnico
Um sabor amargo na boca. Na noite anterior, Xinobi havia cancelado a sua atuação na edição deste ano (por motivos de saúde). Prontamente nos disponibilizaram “substitutos”: Moullinex (Luís Clara Gomes) e GPU Panic (Guilherme Tomé Ribeiro) assumiam o intervalo vago. Mas, dados os contratempos anteriores, era considerável o receio de que o festival perpetuasse o descarrilamento de problemas técnicos e atrasos. E os músicos em questão não mereciam ser vítimas dessa inconstância! Sentia urgência em ser surpreendido...
Precipitara-me: fora apenas preciso um piscar de olhos para receber dita surpresa. No meio da escuridão da grande sala de contornos fabris, o equipamento dos referidos artistas elevava-se numa névoa azulada. Estupefacto, apercebi-me apenas da real circunstância no instante em que a dupla ascende da plateia: Moullinex & GPU Panic apresentavam-se em formato 360º. Rostos boquiabertos, olhos ansiosos e sorrisos que pareciam antecipar o que se avizinhava. Por entre um sample de sussurros e teclas ominosas, um feixe azul aterra suave no centro do duo. Vai-se expandindo calmamente, conhecendo os “cantos da casa”. Numa fração de segundos, a primeira batida entra à socapa, dando mote a “Inner Child”. Na hora que se seguiu, terei assistido a um dos concertos mais bonitos de que tenho memória.
Não é à toa que Moullinex é considerado referência nacional no panorama da eletrónica dançável. Por seu lado, GPU Panic tem visto a sua reputação crescer de forma exponencial. No entanto, o espetáculo com que nos brindaram vai além dessas categorias nominais. Uma experiência sensorial fora de série. Sonoramente, souberam captar de forma magistral o espírito festivo das discotecas underground. Vultos fluíam na penumbra com os sons minuciosamente escolhidos pelos multi-instrumentistas. Visualmente, o centro de gravidade da sala torna-se num cenário surreal e onírico. O jogo de feixes de luz capta o olhar dos mais distraídos. Um feixe desdobra-se em dois, e este em outros tantos. Todos parecem despir-se da sua timidez interior num exorcismo aprazível, contida durante três anos. “Ven”, “Break Me In Pieces”, “JFC” ou “Luz” compuseram um alinhamento singular e irrepreensível. E, do início ao fim, a voz de GPU Panic sobressaiu-se de um jeito tão frágil e bonito, lado a lado com a mestria musical de Moullinex. Som e luz encapsularam-se num vínculo bem significativo, adornado pelo carinho constante e palavras de afeto de Moullinex – ora para Xinobi, ausente, ora para um público que o rodeou continuamente.
© Emanuel Canoilas
Contrariamente à corrida de montagens que se observara durante a tarde, a alternância entre espetáculos foi mais breve. No Palco Sala dos Fornos, o enquadramento agora era distinto. Simples, adornado de rosas pontualmente distribuídas e um pilar central. António Bandeiras – DJ e entertainer sem igual – surge subitamente em palco. De smoking branco, é ovacionado sem hesitação por uma autêntica legião de fãs. A sala estava cheia! O aguardado aperitivo principal estava prestes a começar. Bandeiras desafia o público, abrindo como de costume o concerto que se segue. Um a um, a trupe ocupa o seu lugar devido. Marquito (guitarrista) eleva-se em claro destaque numa plataforma. Mohammed da Costa (novo elemento que, tenho para mim, seja o velho conhecido “homem do robe”) esconde-se por detrás de um sintetizador – embora vez alguma se prontifiquem a ligá-lo à corrente... Entre assobios e êxtase puro, David Bruno entra em cena. De charuto cubano e óculos de sol, a sua expressão diz-nos tudo: vem aí outro fenómeno impossível de descrever!
Permitam-me o seguinte: Marquito é, sem dúvida alguma, um guitarrista soberbo. “Depois de Zé Pedro, não conheço mais ninguém!”, afirma el capitán. Muito embora, analisando o panorama envolvente, percebo por fim o motivo de tanta agitação: isto não é um concerto, mas sim entretenimento no seu estado mais louco e genuíno! E não há nada de errado nisso. Ao fim de “Praliné” (tema de abertura), teremos certamente afastado as amarras do dia-a-dia, e encarnado a nossa versão mais desinibida. Ainda assim, algo de errado se passava. Em particular, com o microfone de David Bruno. Problemas técnicos de novo?! Apercebendo-se da circunstância, o frontman (melhor dizendo, o showman) tranquiliza a multidão, resolvendo-se o contratempo num ápice. “A vida é um problema técnico”, descansa-nos. Nunca uma frase fizera tanto sentido, especialmente naquele dia.
Uma hora volvida, terão passado por aquele palco horizontes distintos. Não pela variedade genial das letras que o nosso connoisseur gaiense nos perfila (de “Mesa Para Dois No Carpa”, “Bebe & Dorme” e “Inatel”). Pelo contrário: sempre em total diálogo connosco, David Bruno terá sido capaz de percorrer em cânticos o território nacional. Ou, pelo menos, locais com particulares pontos de interesse! Um nonsense ingénuo nos invade a consciência. Deixemo-nos levar pela alienação! O showman faz a festa como nenhum outro. Com o público, entre o público, sobre o público. “Eu só saio daqui quando der o meu máximo em palco!”, torna a assegurar. Vai agradecendo à multidão (“Demasiado gentis!”). Desafia Bandeiras para duelo de flexões. Salta incansável em palco (e fora dele...). Ainda tem ousadia de pedir “luzes para fazer filhos”, acalmando a histeria geral. Na última batida de “Festa da Espuma”, vem-nos à memória um dos seus irrepreensíveis mandamentos: “A vida é feita de emoções”. Assim como o restante concerto (e festival), não procurem entender – aceitem, apenas. Seremos bem mais felizes assim.
© Francisco Gomes
Regressar a sítios onde se foi feliz
Os prévios atrasos pareciam já não provocar abalo significativo no alinhamento do Palco da Sala dos Fornos. Uma enorme sensação de alívio! Todavia, o “problema técnico” era agora outro: um espaço bem composto dera lugar a meia sala timidamente ocupada. O que, atendendo à importância histórica de um grupo como os Linda Martini (em contexto de aniversariantes), não fazia total sentido. Resta saber como o quarteto conseguiria dar a volta. Para o público adornado a rigor, pouco importa. O momento chegara.
Por entre o coro pré-gravado de “Eu Nem Vi” e holofotes envergonhados, André Henriques, Cláudia Guerreiro, Hélio Morais e Rui Carvalho (Filho da Mãe) entram discretamente. A ovação que se escuta surge distinta das precedentes: é mais adulta. Terá crescido lado a lado com o legado de uma banda que, mal subindo a palco, prescinde de apresentações imediatas. Deixam as músicas, as letras, os instrumentos e a sonoridade falarem por si. Se algo distingue “ERRÔR” (2022) da restante discografia é o ambiente pesado, urgente e direto. O tema de abertura vem acompanhado de refrão bastante simples, se bem que bonito. Seguidamente, “Horário de Verão” atropela-nos com a eletricidade já inerente. “Super Fixe” permanece plácido como um pedido de socorro angustiante e arrasador. Ainda assim, não se assiste a rápido retorno de reação. Talvez seja cedo demais para que o álbum em nós se entranhe.
“É sempre bom regressar a sítios onde já fomos felizes”, confessa Hélio, recordando a passagem do grupo pelo festival, em 2015. De facto, seria um lema deveras interessante para muitos dos festivaleiros A espera fora muito longa! E, procurando esquecer os problemas técnicos (e seus desfechos), vários eram os rostos sorridentes dos que retornavam àquela “casa”. Como que adivinhando o pensamento, o grupo arranca o seu primeiro coelho da cartola. Sob focos avermelhados e sentida homenagem a Joaquim Pessoa, acordes bem conhecidos abraçam-nos afetuosamente. “Amor Combate” terá sempre um cantinho especial no coração de muitos ouvintes. Um coro uníssono junta-se à frágil prestação vocal de André. Se dúvidas houvesse, o rumo do concerto provara-o – vários são os temas dos Linda Martini que, ao resistir às artimanhas do tempo, se tornaram hinos perpétuos. “Ratos”, “Boca de Sal” e “Unicórnio de Sta. Engrácia” são reflexo disso mesmo. O quarteto manifesta uma autêntica explosão sonora, no espaço de pouco mais de uma hora. Hélio continua indomável detrás da bateria. Rui brande a guitarra com a técnica e profissionalismo que lhe são reconhecidos. Cláudia, por sua vez, permanece um pujante metrónomo rítmico. Em escassos olhares entrecruzados, desprendem-se numa eletricidade constante e beleza intrínseca. “Belarmino VS” e “E Não Sobrou Ninguém” continuam o alinhamento com total naturalidade. Ano após ano, suscita-nos a ideia de que não estamos só perante uma “banda a fazer música”. Há algo mais; há um cuidado delicado em rearranjar o que poderia ser puro ruído e tornar temas em merecidos objetos de estudo.
Mas por maior que seja a vontade da banda, ter-lhes-á faltado um fator importante: mais público. “Se meia sala curtir, já é bom”, torna a desabafar o baterista. Embora de um sossego fora do normal, a entrega da nossa parte era, sim, total. De forma quase irónica, o coro a múltiplas vozes de “Cem Metros Sereia” (“Foder é perto de te amar, se não ficar perto”) poderia ser alvo de uma reinterpretação curiosa. Talvez tenhamos ficado a meio caminho de um excelente concerto (e festival), mas este regresso não deixará de ser uma bonita memória para mais tarde recordar...
© Francisco Gomes
(Por motivos pessoais, infelizmente já não me foi possível assistir ao concerto dos Fogo Fogo e à prestação DJ set do coletivo Turbo. Ficará a curiosidade para nova oportunidade.)